
Conforme evidencia o doutor Gustavo Khattar de Godoy, a neuroimunologia é um campo interdisciplinar da ciência que investiga as complexas interações entre o sistema nervoso e o sistema imunológico. Durante muito tempo, acreditava-se que o cérebro era um órgão imunologicamente privilegiado, isolado da influência direta do sistema imune. No entanto, estudos recentes demonstram que essa comunicação é mais ativa do que se imaginava.
Esse diálogo constante entre os sistemas pode ser benéfico na defesa contra patógenos, mas também pode contribuir para a inflamação e dano neural quando desregulado. Entenda!
Quais doenças neurológicas estão ligadas a desequilíbrios imunológicos?
Diversas doenças neurológicas têm sido associadas à disfunção imunológica, o que reforça a importância da neuroimunologia na medicina moderna. Esclerose múltipla, por exemplo, é um caso clássico em que o sistema imunológico ataca a mielina, a substância que reveste os neurônios, levando à perda progressiva das funções motoras e cognitivas. Outras condições, como Alzheimer, Parkinson e até depressão, têm sido relacionadas a processos inflamatórios crônicos no sistema nervoso central.

Para Gustavo Khattar de Godoy, a neuroimunologia é chave para compreender novas terapias.
De acordo com o médico Gustavo Khattar de Godoy, estudos apontam que a inflamação de baixo grau, mantida por citocinas pró-inflamatórias, pode acelerar a degeneração neural e afetar o funcionamento de neurotransmissores. Isso sugere que o sistema imunológico, quando desequilibrado, não apenas participa da progressão da doença, mas pode ser um dos gatilhos iniciais.
Como a inflamação influencia o cérebro e o comportamento?
O doutor Gustavo Khattar de Godoy explica que a inflamação é uma resposta natural do corpo à lesão ou infecção, mas quando ocorre de forma crônica no cérebro, pode ter efeitos devastadores sobre a saúde mental e neurológica. Citocinas inflamatórias são capazes de atravessar a barreira hematoencefálica ou serem produzidas diretamente no cérebro por células da microglia.
Essas moléculas alteram a atividade sináptica, reduzem a neurogênese e interferem na plasticidade neural, afetando funções cognitivas e emocionais. Isso ajuda a explicar por que pacientes com doenças autoimunes ou inflamatórias crônicas muitas vezes relatam fadiga mental, depressão e dificuldades de memória. A neuroimunologia, ao desvendar esses mecanismos, abre portas para novos tratamentos que modulam o sistema imune para melhorar a saúde cerebral.
O que são terapias imunomoduladoras e como elas funcionam?
As terapias imunomoduladoras são estratégias que buscam ajustar a resposta imunológica — tanto para aumentá-la, no caso de infecções ou câncer, quanto para reduzi-la, como nas doenças autoimunes. No contexto da neuroimunologia, essas terapias estão sendo estudadas para tratar condições como esclerose múltipla, encefalites autoimunes, e até doenças neurodegenerativas como Alzheimer.
Gustavo Khattar de Godoy frisa que medicamentos como interferons, anticorpos monoclonais e inibidores de citocinas têm sido usados com relativo sucesso, diminuindo a progressão da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Pesquisas mais recentes vêm explorando também o papel de vacinas terapêuticas, que treinam o sistema imunológico a reconhecer e atacar apenas os componentes patológicos, poupando os neurônios saudáveis.
Conclui-se assim que o futuro da neuroimunologia está intimamente ligado à medicina personalizada e de precisão. Segundo o médico Gustavo Khattar de Godoy, com o avanço das tecnologias de sequenciamento genético, monitoramento imunológico e análise de grandes volumes de dados, será possível identificar padrões únicos de resposta imunológica em cada paciente.
Autor: Deivis Thaylla