
Para o CEO Lucio Winck, a inovação verdadeira não nasce de um gênio solitário, mas da soma de olhares diversos. Em um mundo cada vez mais complexo, pensar diferente exige mais do que criatividade, exige colaboração. É nas trocas entre pessoas com vivências distintas que surgem soluções ousadas, completas e aplicáveis. Mesmo o empreendedor mais visionário precisa de uma equipe capaz de desafiar suas ideias, propor ajustes e enxergar o que ele ainda não viu.
A inovação acontece quando existe espaço para errar, testar, refinar. E esse espaço só é possível quando há confiança entre as pessoas que constroem juntas. Muitas empresas tentam inovar, mas esquecem que o primeiro passo é criar um ambiente seguro para troca real. No fim das contas, quem aposta na construção coletiva cria soluções mais fortes para o mundo real.
Por que insistimos na figura do “gênio solitário”?
Durante muito tempo, a narrativa do empreendedor genial dominou o imaginário popular. Mas a realidade é menos glamourosa e muito mais coletiva. O CEO Lucio Winck ressalta que a genialidade individual só floresce quando está inserida em um ambiente fértil, onde todos são estimulados a contribuir. Ideias boas não são nada sem execução. E a execução depende de times, de rotinas e mão na massa.

Lucio Fernandes Winck
O brilho individual pode até acender a faísca, mas o fogo da inovação só pega quando mais gente entra na dança. Valorizar o grupo é o caminho mais seguro (e mais inteligente) para inovar de verdade. Ideias sólidas nascem do embate saudável entre perspectivas. Quanto mais plural for a mesa, maior a chance de surgirem soluções novas. É hora de aposentar o mito do herói solitário e valorizar quem constrói junto, mesmo sem os holofotes.
Como criar um ambiente onde a inovação acontece?
O primeiro passo é tirar o medo da sala. Equipes que têm receio de errar não se arriscam, e sem risco não há ideia nova. O CEO Lucio Winck destaca que empresas inovadoras são aquelas onde todos sentem que suas vozes têm valor, mesmo quando estão fora do cargo de decisão. Inovação vem de liberdade com responsabilidade, e o líder tem papel central nesse clima.
Garantir diversidade de pensamento ao reunir pessoas com formações, histórias e visões diferentes é uma das formas mais ricas de expandir possibilidades. Quando há respeito mútuo e espaço para discordância produtiva, surgem ideias que nenhum indivíduo teria sozinho. Não se trata só de juntar talentos, mas de permitir que esses talentos se escutem, colaborem e se provoquem com empatia.
E o papel da liderança nisso tudo?
Fundamental. É o líder quem define se a inovação será um discurso bonito ou uma prática real. O CEO Lucio Winck pontua que liderar é, antes de tudo, escutar, não para responder, mas para absorver. É preciso criar rituais de troca, valorizar contribuições e não se apegar à própria ideia como a única possível. A inovação exige humildade, e essa humildade começa no topo. Quando o líder abre mão de controle, o time ganha voz e confiança.
Do coletivo, o futuro
Para o CEO Lucio Winck, nenhuma ideia se sustenta sozinha. Ela precisa de gente, de embate, de empatia e de visão compartilhada para sair do papel. As maiores revoluções não são feitas por indivíduos isolados, mas por movimentos inteiros. No fim, grandes ideias nascem de perguntas feitas em conjunto e não de respostas solitárias. Criar um ambiente onde todos se sentem parte do processo é o verdadeiro diferencial. Quando a inovação deixa de ser só tarefa de um setor e vira uma cultura viva, o futuro fica muito mais perto.
Autor: Deivis Thaylla