Celulares passaram a ser o grande foco de atenção para saber como estão a família e os amigos diante dos temporais
O agronegócio é um setor com grande presença gaúcha. E o mesmo acontece na Agrishow, o grande evento do agronegócio que termina nesta sexta-feira em Ribeirão Preto. Em vários estandes, a cuia do chimarrão deixa claro que o Rio Grande do Sul está lá. Neles, o clima é de consternação e apreensão diante da tragédia que atinge o estado.
Com um solo fértil, forte cultura do agronegócio e elevados índices de produtividade, o Rio Grande do Sul é sede de diversas empresas do agronegócio. Nesse grupo, há de tudo: das maiores multinacionais instaladas no Brasil às pequenas e tecnológicas startups.
Na Agrishow, o clima de apreensão prevalece nesses estandes.
Os temporais mudaram a rotina das pessoas que viajaram do Rio Grande do Sul ao interior paulista. Os celulares passaram a ser o grande foco de atenção para saber como estão a família e os amigos.
Há vários relatos de dificuldade de comunicação. As chuvas e a queda da energia elétrica começam a prejudicar o sinal de telefonia celular em algumas regiões do interior gaúcho.
Isso aumenta ainda mais a apreensão pela falta da resposta no telefone ou pelo terrível sinal único na mensagem enviada pelo WhatsApp – que mostra que o texto não chegou ao outro lado.
Alguns dos gaúchos da Agrishow decidiram retornar antes ao Rio Grande do Sul.
A ida ao aeroporto de Ribeirão Preto, porém, não representa necessariamente o alívio de voltar para casa porque muitas estradas estão interrompidas. Assim, muitos não sabem como farão o último trecho da viagem no interior gaúcho.
E, entre os que seguem em Ribeirão Preto, muitos simplesmente preferem evitar as redes sociais e os grupos de mensagem para não ver fotos e vídeos dos estragos.