Entre alimentos como soja, milho, algodão, trigo, arroz e feijão, a agricultura brasileira deve produzir 322,7 milhões de toneladas de grãos no período 2023/2024, um aumento de expressivos 18,4% em relação ao ano anterior, de acordo com informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para se ter ideia dessa evolução a longo prazo, o país colheu cerca de 228,3 milhões de toneladas de grãos na safra 2017/2018, ou seja, são praticamente 100 milhões de toneladas a mais em um curto espaço de tempo.

Muito desse bom resultado foi conquistado com o uso de dados, a inserção de tecnologia e a aplicação de técnicas baseadas no MIP (Manejo Integrado de Pragas). No entanto, com o desenvolvimento das lavouras, o trabalho do produtor no campo se torna mais árduo. Com a utilização intensa da terra, é comum que pragas novas e mais resistentes surjam e precisem ser combatidas para evitar a proliferação de doenças nas plantações e a degradação das propriedades presentes no solo.

Por isso, a Syngenta, uma das maiores empresas de proteção de cultivos e biotecnologia do mundo, investe mais de US$ 1,4 bilhão por ano na tarefa de desenvolver e disponibilizar ao mercado tecnologias que contribuam para o aumento da produtividade sustentável no campo. A última novidade para o mercado nacional foi o Plinazolin, uma molécula que está sendo empregada na base de uma família de inseticidas de alta performance.

A solução tem um ingrediente ativo que inclui um novo modo de ação e pode ser aplicado para combater doenças nas quais produtos disponíveis já não apresentam boa eficácia, a exemplo de percevejos, ácaros, tripes, lagartas, brocas e até mesmo formigas. Segundo Marcos Queiroz, gerente de Marketing responsável pelo portfólio de Inseticidas da Syngenta, a molécula ainda pode ser inserida em mais de 40 culturas, como soja, milho, algodão, café, arroz, além de uma ampla gama de frutas, hortaliças e plantas ornamentais.

“O Plinazolin é composto por um novo grupo químico e com modo de ação inédito, sem nenhum tipo de resistência cruzada, ou seja, controla inclusive pragas resistentes às tecnologias atuais. O alto nível de eficácia da molécula se deve a um conjunto de características benéficas ao manejo que, somadas, proporcionam um controle sem precedentes. O ingrediente ativo tem alta capacidade de aderência às folhas, para um longo período de controle, estabilidade à luz solar e propriedades de resistência à chuva, oferecendo maior conveniência e segurança no controle de pragas”, afirma Queiroz. “Acreditamos que o Plinazolin vai transformar o manejo de pragas no Brasil.”

O movimento da Syngenta pode ajudar a reduzir as perdas no campo, o que se torna ainda mais importante com as mudanças climáticas constantes. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), as perdas nas propriedades rurais brasileiras como resultado da infestação de pragas e doenças chegam a US$ 17,7 bilhões. Em termos de volume, os prejuízos no país são da ordem de 25 milhões de toneladas de alimentos, fibras e biocombustíveis por safra em função do gargalo, aponta a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

“Foram anos intensos de pesquisas e investimentos direcionados no desenvolvimento dessa molécula para o mercado brasileiro, que resultou nesta solução única para o controle de várias pragas. Por meio da tecnologia e baseado nas necessidades das lavouras, acreditamos que podemos colaborar para a redução de custos no campo, facilitar o dia a dia do produtor e tornar a produção brasileira ainda mais sustentável”, diz Queiroz.

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